Babka Recipe / Receita

Babka de chocolate

Queria muito poder dizer que esse pão amanteigado, fofinho com muito chocolate é pra mim uma memória de infância, mas só provei babka pela primeira vez depois de adulto e “barbado”.

No período que morei em NYC passei um bom tempo em um bairro predominantemente judeu e foi em uma bakery bem tradicional que conheci essa maravilha.

Quando comecei me aventurar na cozinha ousei comentar com o padeiro que queria aprender fazer a famosa babka. Foi um balde de água fria. Lembro dele me dizendo que não era para iniciantes e que era segredo de família. Anos depois resolvi tentar e percebi que fui trolado.

Admito que ainda não consegui reproduzir o gostinho daquela babka, mas essa versão é deliciosa, fácil e não é segredo de família.

Ingredientes (faz 2 unidades – forma de pão 20 x 10 x 6 cm) : 530g farinha, 100g açúcar demerara, 10g colheres de chá de fermento biológico seco, 1/2 colher de chá sal, 130ml água filtrada, 3 ovos, 150g manteiga, Raspas de 1/2 limão siciliano

Recheio: 120g chocolate meio amargo de boa qualidade, 130g manteiga, 50g açúcar confeiteiro, 30g cacau em pó

Cobertura: 20ml de água, 56g açúcar demerara ou cristal

Modo de preparo:

Massa: Na tigela da batedeira combine farinha, açúcar e fermento, raspas de limão, e  por último coloque o sal.

Adicione a  água e os ovos e usando o gancho de massas bata na velocidade baixa até formar uma massa pesada e desgrenhada.

Adicione a manteiga aos poucos e aumente a velocidade para média até que toda manteiga seja incorporada. Bata por cerca de 5-8 minutos até que a massa fique mais elástica e comece desgrudar das bordas da tigela. Se necessário adicione algumas colheres de chá de farinha para conseguir o resultado (uma colher por vez)

O resultado será uma massa aveludado e macia.

Unte uma tigela com tampa e deixe a massa descansar na geladeira por 8 horas ou de um dia para o outro.

Recheio: Derreta o chocolate e a manteiga em banho maria. Acrescente o açúcar de confeiteiro e cacau e mexa com uma espátula até formar uma pasta.

Cobertura: Leve açúcar e água ao fogo médio até que o açúcar derreta.

Montagem: Retire a massa da geladeira e separe em 2 partes. Abra em formato retangular com medidas aproximadas de 25cm x 30cm e usando uma espátula espalhe o recheio (lembre-se de dividir o recheio para as 2 babkas) deixando cerca de 1 cm de borda. Vai fazer uma bagunça, mas é a parte mais divertida.

Enrole, no sentido do comprimento, apertando bem e sele o final pincelando um pouco de água para ajudar fechar.

Coloque no freezer enquanto prepara a segunda babka.

Retire o rolo do freezer, corte cerca de 1cm no final de cada ponta e com uma faca bem afiada corte o rolo ao meio no sentido do comprimento. Com as camadas de chocolate para cima, trance as 2 metades. Esse processo é para dar efeito visual, mas você pode finalizar como preferir.

Coloque a massa trançada na forma untada e pode colocar as pontas que foram cortadas nos espaços vazios.

Cubra e deixe descansar na forma por cerca de 1-1h30.

Asse as babkas por 20 minutos na temperatura de 190C até ficarem douradas e ao inserir um palito o mesmo saia limpo.

Retire do forno e pincele com a calda de açúcar.  Deixe esfriar 10 minutos e desenforme.

É difícil resistir, mas deixe esfriar completamente antes de servir.

 

Passe um café para acompanhar e aproveite.

Oficina74 Loja Experimental

This week, we opened our pop up shop, Oficina74, in the heart of Jundiaí, São Paulo. An experimental space where we’ll serve pour over coffee, Moka, french press and aeropress. Along with our bread, our pastries, cakes, juices and salads.

Essa semana abrimos nossa pop up shop, Oficina74, bem no “coração” de Jundiaí. Um espaço experimental onde servimos coados, Moka, prensa francesa e aeropress. Sem deixar de lado nossos pães, pastries, bolos, sucos e saladas.

It’s something that took shape incredible quickly and came straight out of left field. We didn’t see it coming. Our incredibly gracious and generous friends, Leo and Daniela had built an annex to their Italian restaurant, Cortile Siciliano. There, they hold private parties and often do pasta making classes, but during the days, it remains closed.

Um projeto que tomou forma rapidamente e que veio sem esperarmos. Nossos incríveis e generosos amigos, Leo e Daniela tinham esse espaço anexo ao restaurante italiano deles, Cortile Siciliano. Um espaço que eles usam para eventos particulares e cursos de massa, mas durante o dia o local permanecia fechado.

They asked us if we’d want to do bread making courses there, to which, we said, absolutely! But over a course of a few beers and good food, the conversation flowed more to why not open oficina74 there? Our arms were twisted quite quickly!

Eles nos ofereceram o espaço para oficinas de pão, e claro que respondemos, com certeza! Mas depois de algumas cervejas e boa comida, a conversa fluiu mais para “porquê não abrir Oficina74 lá?” Abrimos nossos abraços na hora!

The space is beautiful, furnished wonderfully and you couldn’t ask for a better location. There are limits though, our kitchen remains here, on the farm, and all the baking and food prep will remain here in our ovens. Then we open up shop there for later in the morning with our produce and coffee. The days will be long, but the opportunity unmissable.

O lugar é lindo, maravilhosamente mobiliado e não poderíamos pedir por uma melhor localização. Temos limitações, claro. Nossa cozinha continuará no sítio e todas as fornadas e preparações serão feitas em casa. Por esse motivos abriremos a loja um pouco mais tarde servindo nossos produtos e café. Jornada longa, mas uma oportunidade imperdível.

It’s a 3 month pop up shop trial, if things go well, there’s a chance of renting the space and making it a more permanent base of oficina74. I guess we’ll know more in 3 months!

Serão 3 meses testando o processo, e se tudo der certo (esperamos que sim), a chance de nos fixarmos no local e fazer do lugar casa permanente da Oficina74. Saberemos mais com o passar do tempo!

For now, we’re going to enjoy the challenge, the meeting of new people, and having the stage to tell our story and deliver the message of slow food, sustainable practices and buying local.

Por ora, estamos curtindo o desafio, conhecendo novas pessoas e aproveitando a oportunidade para contar nossa história e espalhar a mensagem slow food, práticas sustentáveis e valorização do comércio local.

We are incredibly grateful.

Nos sentimos extremamente gratos.

One love from us and if you’re in or nearby Jundiaí, drop in and share a moment with us!

Muito amor para todos e se você estiver pelas redondezas de Jundiaí, passe por lá para compartilharmos café e ideias!

Zoo life at Oficina

My whole life, I grew up with animals. My Mum worked for decades in the veterinary field, and as a result, she would often bring home abandoned runts, scruffy mungrels and forlorn tabbies that we’d look after for a “few days” that eventually turned into months, that turned inevitably into entire life spans. Cats from all walks of life, deaf, toothless feral cats, to beautiful bobcats, and part-persian lapcats. We had the lot.

Dogs ranging from German Shepard dogs, labradors, lerchers, greyhounds and Shih Tsus. Ducks, rabbits, snakes, rats, tortoises that had survived two great wars and the London Blitz and even birds when I was younger (thankfully they were donated to a local aviary and we didn’t keep anymore after that). But it was a zoo, and I loved every minute of my life growing up in that environment. It was also a pretty small 3 bedroom semi detached house on a busy main road on the outskirts of London… Not a lot of space once you’ve crammed a family and all the furballs together.

From leaving home at the age of 18 until my life here in Brazil, I’d never had an animal companion to call my own, but always leaped at the opportunity to help roomies or friends with their animal keeping duties, it was always a pleasure, and I knew once I’d settled myself someplace, I’d find a companion to call my own.

My life took an unexpected turn in Brazil, during a short 3 month assignment, I fell in love with Tati, and no mountain of paperwork or streams of red tape would stop me getting back to her, and this beautiful land. Within months of arriving, Tati and I were walking close to her families old farm when we found this straggly puppy, living off of cardboard, trash, his own poop and drinking puddles of water, flea ridden but beautiful all the same. We knew we couldn’t leave him behind, so we scooped him up, got him washed, fed, looked at by a pro, and began our life with this maniac..

It wasn’t long before we knew Ralph had far outgrown apartment life (as well as us, too) and the idea of moving to the old farm went from pipedream to reality. Transitioning into this life was hard and it’d be wrong to say that we are completely transitioned now, but for Ralph, it was an overnight settling in period. Ripping about the place, the new sights, smells, sounds and ground to dig in, roll about on and call his own.

Tati’s parents had an old bruiser of a dog who was staying at her Uncles place down the road, now that we were on the farm, they asked if we’d mind looking after him, which of course we didn’t. We were still driving every day to Sao Paulo to our jobs, and the company would do Ralph good whilst we were away. Enter, centre stage, Ronaldo!

An 8-9 year old Lab cross bruiser with a lot of character and an insatiable appetite to mark his territory where ever he passed. Ralph, at this point hadn’t even really learned to cock his leg, so dog school was in full affect. He’d had a diet of left over barbecue food and hotdogs for who knows how long, so although he could move, he resembled an oak barrel as he bore through the long grasses behind the farm. Purely in short bursts, you understand.

Tati and I fed Ralph pretty clean grub, and it was just as easy to knock up a bit extra for Ronaldinho. He dropped a few pounds, took up a bit more excercise with a young pup to chase about and we think he resembles less a barrel these days. His neck is still wider than his head, though. But I’ll just say he is big boned!

These days, they’re not bessie mates, but they get on all right, Ronaldo is an old man, Ralph a teenager, I think we all know from our life experiences that this is never a winning combination, dog or otherwise!

So, then there were two.

Some months passed and life on the farm was settling into a rhythm. Tati and I were close to leaving our jobs and starting on the oficina74 journey. One day I was out on the road bike and on my way back, I noticed a small white thing in middle of a busy road close to the farm, I caught the sound of a very weak meow and quickly realised it was a kitten.

I headed out when a gap cleared (sadly, life has very little value here, kitten/human could be negligible to some fuckwit in an Uno..) I got out and scooped it up. It was drizzling, grey and chilly, and this little thing was soaked through and looking pretty worse for wear.
I rode the couple kilometers back to the farm with her head poking out my cycling jersey.

On arriving home and giving this drowned rat a warm shower, we found she was female, in good shape and with the most dazzling blue eyes and the softest fur. She was a fighter, and Tati named her Frida after Frida Kahlo. A fighter, a brave soul who took no shit from no one. Still to this day, 2 years on, she rules the roost, the dogs, chickens and us are kept in check with this freedom fighter, her claws create profound surrealism art on the limbs of those that dare cross her. One day, I hope this Frida and others like her can topple the likes of deep state agencies like the CIA, as well the capitalist rule in which we live under. Stay fighting, sister.

Then there were 3.

We inherited a couple of chickens along the way, Tali and Tassie. They live in an old chicken pen that had lain unused for some years. Tati and I renovated, cleaned it up, built some new nesting boxes and roosting branches, added a feeding and water station then added the girls to the oficina74 roster. Donated to us by an old friend of Tati, whom could no longer look after them and manage the looking after of her beautiful son, whom has a rapidly advancing immune mediated disease.

We were more than happy to take these beautiful birds in at oficina and they live down on the property line, taking dust baths and eating grubs in a large, protected area. They make the best poop for fertiliser and even though they are aging and not really producing many eggs these days, when they do, they are absolutely incredible.

Any old veg, or greens that go unpicked or forgotten are passed over the wall to this beauty, too, although she isn’t ours, she was here long before us, and we give her as many scraps and treats as we can, she’s also fanatic for bread, which there is no shortage of here!

I don’t agree with how she is kept, and used, her young are kept with her until they are no longer dependent on her milk and then taken away and sold, the boys for meat, the girls to continue the milk production cycle. I can’t comment, although it’s been some time that we’ve not eaten meat or drank milk, we still do consume dairy, like cheese and butter. But this cows had a tough enough life up until now. I have no say in what happens to her, but I like her, she has character, she’s gentle and playful, plus she always digs my bread, even if its overproofed.

The fact that neutering and vaccines are expensive, a lot of animals are abandoned once they stop being cute. Street dogs and feral cats are everywhere, it’s an epidemic.

Just last week this little thing showed up;

We feed her and leave her water, a bed that she makes use of it, but come morning, she’s wanting out. She probably has important business meetings and an enviable social life to attend to, so who are we to trap her. But if she keeps coming by, we’ll neuter and vaccinate and allow her the freedom to roam if she wants. At least she can play and not spend a life in a perpetual cycle of pregnancy and rearing. We decided on Olivia, as she is all legs and no body, you’re welcome anytime, doll. Just don’t eat my shoes.

The Oficina74 Roster

So the tally at oficina is currently stands like this, we have a lot of love to give and we love when others bring their hounds here to play and chill with Ralph and Ronaldo during our brunches or events. It fills us with happiness to see humans acting with compassion towards animals. It does need to go a lot further. But hopefully we can make a fractional difference to a few furballs, and perhaps inspire others to do the same.

 

 

Nosso Caminho Para o Vegetarianismo // Our Path to Vegetarianism

Estamos completando 18 meses sem carne.
A ideia nunca foi ser uma escolha restritiva, mas ao contrário ser um processo de descoberta de novos sabores e mil e uma combinações. Desde que tiramos a carne da nossa alimentação, abriu-se um extenso leque de possibilidades na cozinha que não tinhamos ideia que existia.
Tivemos alguns deslizes nesse período. Aconteceu quando ficamos na casa de amigos que prepararam jantar com todo amor para nos receber e jamais recusariamos, mas quem sabe não conseguiremos inspirar mais pessoas cozinhar vegetais e ter carne como acompanhamento, e não o inverso.

We are just completing 18 months without meat. The idea was never to restrict our diet, in fact, the opposite. There exist around us 1000’s of fruits, grains, pulses, vegetables and funghi. Combined, these create unlimited combinations. Since we removed meat from our daily diet, we’ve began to discover food from all around the World, that we can prepare in our kitchen, that we never knew existed. We had some slip ups along the way, staying with friends whom prepare food in their kitchens, for us to share and enjoy together, and we’d never dream of refusing, but moving forward, hopefully we can inspire those close to us to begin to prepare vegetarian food, with a meat side, rather than the other way around.


Para família sempre deixamos claro, e minha mãe achou a solução. Ela começou esconder carne na nossa comida. Sério. Ela fatiava de forma quase microscópica (ás vezes acho que ela passava no processador) e misturava nos legumes com muito molho pra não vermos. Ela ainda tem muita dificuldade em aceitar nossa decisão. Tem sempre aquela conversa que vai faltar proteína e vitaminas, etc.
Ledo engano, pois nunca nos sentimos tão saudáveis. Nem resfriado pegamos. Acho que ela parou de esconder carne. Parou mãe???

With the family, we always told them straight, that we no longer ate meat, and at events. we’d bring a principal dish and sides for us, and for others to sample. But Tati’s Mum wouldn’t have it, she’d try and hide meat in dishes, ground up to a microscopic speck, and drowned in sauce and spice. Like we couldn’t tell. She still has some difficulty in accepting the fact that we’re on this chosen path, and she always needs to talk about how we are missing out on proteins, vitamins and nutrition. But our Mothers aren’t always right.. We’ve never felt healthier, nor caught a cold in this period. Thankfully now, she has stopped hiding meat!

Em casa é mais fácil escolher o que vai no prato.Essa é a segunda etapa de alimentação sem carne na minha vida.
Na primeira vez foram 3 meses. Foi logo que voltei de uma viagem à India e como tinha mantido alimentação vegetariana por lá resolvi extender por mais um período.
Não foi nada fácil. Naquele tempo eu mal fazia miojo em casa e durante a semana fazia todas as refeições no escritório. Apesar de ter um buffet bem servido de saladas não tinha nenhuma opção que enchesse os olhos. Nesse período a minha dieta foi bem pobre e acabei mesmo ficando um pouco fraca.
Ok. Isso explica a preocupação da minha mãe. Porém as coisas estão diferente agora. Nossa lista de receitas maravilhosas com vegetais cresceu quase na mesma proporção que a indústria da carne (brincadeirinha).

This is my second attempt at going Veggie. The first time was just for 3 months. I recently returned home from a trip to India, since I had eaten a vegetarian diet there, I decided to keep it going a while longer. But it wasn’t easy. At that time, I had never learned to cook for myself at home, and would just eat lunch at the office, they had a large salad buffet, but with very limited Veggie options, so I wasn’t eating right at all. I got weak.. Perhaps this explains my Mum’s concerns now?! But things are different now. Our list of plates is growing by the day, almost at the same rate of the deforestation of the Amazon, so the World can enjoy a steak…. Joking, sort of.

Não nos declaramos vegetarianos, nem veganos, nem nada. Não precisamos de uma etiqueta. Dan e eu estamos mesmo é buscando uma alimentação mais natural, limpa e justa com o planeta (Quase o slogan do #slowfood). Esse é nosso jeito de cuidar melhor do nosso corpo e do planeta. Sabemos onde comprar boas hortaliças orgânicos que são produzidos por pessoas que confiamos, mas desconhecemos completamente onde comprar carne que não tenha sido entuchada de antibiótico ou que o animal tenha sido tratado com o mínimo de respeito.
Acho que já mencionei aqui que minha mãe nasceu e foi criada no interior de Minas Gerais. Meus avós tinham uma fazenda e tenho maravilhosas memórias de brincadeiras e travessuras pela casa. Eles sempre tiveram criação de galinhas, porcos, patos e vacas. E sim no “final do dia” se alimentavam das criações e também comercializavam. Trazia o sustento da casa.
Quando chegava o momento deles servirem de alimento para família todos sabiam de onde vinha e como tinham sido criados. Todo o animal era aproveitado, não somente o filé ou o peito do frango e ter carne no prato não era regra.
Sabemos onde encontrar boas hortaliças aqui na região, ás vezes vem até da nossa hortinha, mas carne desconhecemos completamente e por isso seguimos desbravando os vegetais.

We are not declaring that we are vegetarians, nor vegans, or anything, in fact. There doesn’t need to be an etiquette for things like this. Dan and I are just searching for a more natural food, a cleaner and just diet, for us and for the planet. (Almost the slogan for the #slowfood movement). This is our attempt to look after ourselves and our environment better. We know where to buy fresh, organic produce, produced by people whom we trust, and we grow our own food here, at Oficina, too. But we have zero idea of where to buy meat that has been reared with at least the minimum or respect, that lead a decent, free life, or that is not pumped full of growth hormones and antibiotics.

I think I’ve already mentioned my Mum is from the interior of Minas Gerias. My grandparents had a farm there, and they bred cattle, chickens, pigs and grew a huge percentage of the food they consumed. I have fond memories of playing around the farm, and yes, at the end of the day, sitting around the table and eating something they’d slaughtered. But the difference was we knew where it came from, who cared for it, what it ate, who slaughtered it and who prepared it, and the whole animal was used, not just a fillet, or a chicken breast.

We know where to get our Veggies from, but until we find a reliable source for meat, we’ll continue this path.

Informação, conhecimento e consciência. Isso vale não só para decidir se vai comer carne ou não, mas com tudo o que consumimos de uma maneira geral.

Information, knowledge and awareness. This is valid way to not only to decide whether to eat meat or not, but with everything we consume in a general way.

Ter uma alimentação a base de plantas foi difícil no início. Não porque tivemos vontade de comer carne, mas porque era sempre um martírio decidir o que fazer para o jantar. Na maioria das casas brasileiras a carne é o astro do prato e o restante só acompanha.
Foram uns bons meses até conseguirmos reverter esse jogo.
Criamos um esquema de planejar semanalmente quais pratos vamos fazer. Isso ajuda muito a economizar nas compras, reduzir o desperdício e o tempo que perdíamos discutindo o que fazer para o jantar.
Vamos começar compartilhar por aqui nossas receitas favoritas. Começando com um prato que amamos e que aprendemos através do livro Jerusalém, do OttoLenghi. <3
Normalmente servido em brunch, mas não nos limitamos e comemos do cafe da manhã ao jantar. Quando dá vontade.

Having a plant based diet was difficult at first. Not because we wanted to eat meat, but because it was always a martyrdom to decide what to do for dinner. In most Brazilian houses meat is the star of the dish and the rest is simply a compliment. It was a good few months until we got our heads around rearranging the plate around plants, rather than a hunk of meat.

We have created a scheme to plan weekly what dishes we will make. This helps a lot to save money on shopping, reduce waste and waste time discussing what to do for dinner.

Let’s start sharing our favorite recipes here. Starting with a dish we love and learned through OttoLenghi’s Jerusalem book.

O que tem pra comer hoje?

What’s for dinner today?

Shakshuka

(Adaptado de muitas receitas. Divirtam-se e adaptem também)
(Adapted from several recipes, you can enjoy adapting for yourself too, of course).

2 colheres de sopa de azeite ou óleo de coco
1 cebola picadinhas
2 dentes de alho picadinhos
1 pimentão vermelho ou amarelo cortado em tiras
1 porção de tomatinhos cereja (opcional)
1 colher de chá de páprica em pó (usamos a picante)
1 colher de chá de coentro em pó (se vc gostar)
1 colher de chá de cominho em pó
1 mão cheia de ervas como salsinha, cebolinha, menta, coentro e manjericão, picadinhas (as suas favoritas. Ouse)
400 g de tomates pelados em cubos ou um molho de tomate maravilhoso que vc tenha feito em casa
1 colher de sopa de mel
1 colher de sopa de chilli em pasta (opcional)
água
4 ovos (caipiras se possível)
sal e pimenta do reino à gosto

Para servir:
pão <3
zaatar
Molho de iogurte + ervas

2 tablespoons of olive oil/coconut oil
1 onion diced
2 garlic segments, finely chopped
1 pepper cubed.
A good handful of cherry tomatoes halved (optional)
1 teaspoon paprika
1 teaspoon of coriander spice
1 teaspoon of cumin
A handful of fresh herbs, basil, thyme, rosemary, bay leaves, scallions
400g of peeled tomatoes, cubed, or make your own homemade tomato sauce
1 tablespoon of honey
1 tablespoon chilli
Water
4 fresh eggs
Salt and pepper to taste

To serve

Fresh bread
Zaatar
Yoghurt and herbs

Preparo:
1. Coloque azeite ou óleo de coco na panela e frite a cebola em fogo médio por mais ou menos 5 minutos.

1a. Add oil to a hot pan and add onion for 5 or so minutes until clear and browning slightly.

2.

2. Adicione pimentão, cominho, coentro e os tomatinhos (se usando) por mais 10 minutos em fogo baixo, continue mexendo.
2a. Add pepper, cumin, coriander and cherry tomatoes (if using) for an extra 10 minutes, on a low heat, continually stirring.

3. Adicione os tomates pelados ou seu molho de tomate, alho, sal, mel, páprica, ervas e chilli (se usando) e deixa cozinhar por 10 minutos em fogo baixo.
3a. Add tomatoes, or your sauce, garlic, honey, paprika, herbs, chili and salt and pepper and leave to simmer for 10 minutes on a low heat.

4. Mexa ocasionalmente e adicione um pouco de água se começar grudar no fundo.
4a. Stir occasionally so it doesn’t stick to the pan, add in some water if it begins to thicken too much.

5. Com uma espátula ou colher de pau abra 4 cavidades no molho, quebre os ovos (um de cada vez) em uma tigelinha e adicione os ovos em cada cavidade com cuidado. Tampe a panela e deixe cozinhar de 8-10 minutos. Dependendo da consistência que vc gosta do ovo.
5a. With a wooden spoon open up 4 holes in the sauce, open up an egg and pop it into the hole, one for each hole, use a small bowl to help drop it in carefully. Close up the lid and allow the egg to poach. Anywhere between 8 to 10 minutes, depending on how you like your egg.

6. Retire do fogo e delicie-se com muiiiito pão, ervas frescas, zaatar, molho de iogurte e o que mais vc quiser.
6a. Remove the pan from the heat and serve on a warmed plate, with a healthy portion of fresh bread, zaatar, yoghurt or whatever else takes your fancy!

Shashuka

 

A beleza nas coisas mais imperfeitas // The beauty in the Imperfections

Quando contamos nossa história e falamos sobre nosso estilo de vida ouvimos 2 tipos de comentários:

When we told our story to family and friends about our proposed lifestyle change here on the farm, we were met with 2 types of responses:

  1. Os românticos- que coisa mais maravilhosa largar tudo e morar no campo. Um dia vou ter coragem de fazer isso também.
  2. Os realistas- vocês são loucos e irresponsáveis. Como vão viver assim? Jamais faria isso.
  1. The romantics, what a wonderful thing, leave all the nonsense behind to live on a farm. One day I’d love to so the same.
  2. The realists – You’re mad and irresponsible, how will you survive like this? Mostly, we’ve heard from the realists more.

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A verdade é que nenhuma das duas visões se aplicam no nosso cotidiano.

The truth is, neither of these opinions apply to our daily life here.

Passamos perrengues, temos um zilhão de dúvidas e questionamentos.

We pass through difficult times in life, it’s normal, and we’re left with a zillion doubts and questions.

Tem semana que o telefone não toca. Não vendemos um pão. Chove muito a estrada fica enterditada, a varanda cheia de lama, o bolo não cresce, e nossas reservas se esgotando.

There are weeks when the phone doesn’t ring, we don’t sell one bread. It rains, and rains and rains and the road ruts and becomes impassable, the veranda is full of mud, the cakes don’t rise and our savings are dwindling.

Ás vezes é um caos que só. Dan fica super irritado e eu choro.

Sometimes, it’s pure chaos. Dan gets stressed, I cry, it’s horrible.

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Então nos lembramos que viver essa experiência foi escolha nossa.  E toda escolha tem renúncia. Quão fortunado somos nós que temos direito de escolha? Muiiiito.

Then we remember that this life experience was our choice and every choice has sacrifices. But we can’t forget that we were lucky enough to be able to have this choice in the first place. Very lucky.

Como faz pra se recompor, centrar e fazer com que as coisas fiquem bem?

How do we do to make sure we stay composed, centered and make sure we focus on keeping things going?

O Dan pedala, faz jardinagem, faz pão… Eu faço um bolo, medito (tento), ajudo no jardim e costuro. E juntos cozinhamos.

Dan rides, he works in the garden, he makes bread… I make a cake, meditate, help in the garden and work on my machine, making home wares and dresses, and we cook together.

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Aos poucos vamos achando o nosso jeitinho de conectar-se com nós mesmos e com o mundo. O alimento tem um poder incrível de conexão. Talvez porque cozinhar faz com que você esteja presente. Vivendo o momento.

Slowly, we’ll find a way to connect better with ourselves and our public. Food is an incredible tool to bring people together, and when you cook, or prepare food, you’re present and in the moment.

E tudo passa. O dia nasce ensolarado, o telefone toca, desbloqueiam a estrada, os amigos nos visitam, tem flor, fruta e comida. É uma alegria que só.

The bad moments pass, they always do. The next day the sun rises, it’s sunny, the phone rings and the road becomes passable, friends visit, the garden is full of flowers, there are fruits on the trees, we have a roof over our head and there is food on the table. 

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img_0677Morando na roça temos aprendido muito sobre horta, orgânicos, alimentação, café, fermentação e tantos outros assuntos que nem imaginávamos um dia saber, mas temos mesmo é aprendido muito sobre nós mesmos.

Living on the farm we have learned so much about the garden, the land, organics, food, coffee, fermentation and so many day to day things its hard to list, but what we have learned more is about ourselves, learning from our mistakes and coming out the other side. 

Aprendendo a ver beleza nos dias cinzas e nas nossas próprias imperfeições.

We are learning to see the beauty on our grey days and in our imperfections.

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Devagar – Slowly

Devagar, lento, vagaroso, moroso, ocioso, desocupado e até tempo livre. Só conotação negativa. Do outro lado a velocidade quase sinônimo de eficiência e qualidade. Será mesmo que tudo precisa acontecer tão rápido?

Slow, or taking it easy, cruising, idle and even having “free time”. These things, generally, only have negative connotations. However, speed and it’s associated words, are almost synonymous with efficiency and quality. Does everything have to happen so fast?

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Frida em seu momento ocioso

Escuto e leio muito por aí que a geração da qual faço parte é mimada e quer tudo pra agora. Não temos tempo de esperar por aquela promoção e com 2 vídeos no Youtube nos achamos especialistas em tudo.

Eu diria que não é mal de uma geração, mas de um modelo de vida que todos temos levado onde tudo precisa acontecer o mais rápido possível. Difícil quando aos 30 anos você já é considerado velho para o mercado de trabalho.

We are a generation that wants everything, here, now, instantly. We don’t have time to wait for that promotion and after watching a couple of videos on Youtube, we want to become experts in every manner of fields.

I wouldn’t say that we are a bad generation, but we’ve lost our way somewhere, and now, everything just needs to happen as quickly as possible. It’s difficult however, that at around 30 years old, you are already considered old for the labor market.

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Esperando as beterrabas crescerem

Mas não é só aquela promoção que precisa acontecer com 6 meses de empresa. Também queremos receitas de 10 minutos, dietas para perder 20 kg em 1 semana, Fast power Yoga e nada de vídeos com mais de 50 segundos.

Não sei em que ponto isso aconteceu no mundo, mas entramos em um ritmo tão acelerado que mal limpamos a serpentina do Carnaval já é hora de colocar guirlanda na porta de casa.

Not only do we want that promotion 6 months into a new job, we want 10 minute recipes, diets where we can lose 20 kg in 1 week, Fast Power Yoga and we will absolutely not watch videos longer than 50 seconds.

I don’t know at what point this happened to us, but we go about our lives at such a fast pace that it seems the years pass in the blink of an eye.

Não ter tempo para nada é a resposta default.
Lendo o livro Devagar, de Carl Honoré, tem um trecho que ele fala de 2 crianças tentando achar um horário na agenda pra brincar. Tem que desmarcar o balé cancelar a aula de piano. Mudar a ginástica para quinta e faltar ao futebol para conseguir 30 minutinhos de brincadeiras.
Soa familiar?

We don’t have time, has become a default response. Reading the book “In Praise of Slow” by Carl Honoré, he has a passage where he speaks about two children trying to find time in their busy schedules to play. You have to clear the ballet, cancel your piano lesson. I’ll change my workout from Thursday and miss the football to get 30 minutes of playtime. Imagine, eh?

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Ralph sempre ganha a corrida

Estamos sempre correndo atrás de alguma coisa, e o pior é que parece que estamos sempre para trás. Sempre perdendo. Sempre faltando.

We are always running after something, and the worst thing is that we seem to be always behind. Always losing. Always missing out.

Estamos treinando o desacelerar.
We are trying to train ourselves to decelerate.

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Ás vezes me pego no telefone resolvendo alguma coisa da Oficina (ultimamente problemas com Electrolux) e mentalmente já estou ligando para o próximo, pensando em um texto que tenho que escrever ou na próxima fornada de pães.

Sometimes I catch myself on the phone solving something regarding Oficina (probably with Electrolux) and mentally I’m already thinking about the next call or about a text I have to write, or the next batch of bread to bake.

img_8299img_2294Morar em uma casa pequena em uma cidade pequena. Levar uma vida simples. Tudo isso tem sido de grande aprendizado, mas nesse momento nada tem nos ensinado tanto sobre a vida e sobre o tempo das coisas como quando fazemos pão.

É exercitar a paciência e aceitar ser mero coadjuvante trabalhando em parceria com a farinha e água enquanto quem dá o tom é o tempo.

We live in a small house in a small, simple town. We lead a simple life. But it came with a lot of changes, a lot of lessons, a steep learning curve. Things take longer, and we needed to reassess our level of patience.Nothing has taught us more about slowing down, being present and accepting of the time required, than when we make bread, however.

It is an exercise of patience and we must accept being a mere assistant, working in partnership with the flour and water and the wild yeasts, whom control everything.

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Tati se arriscando no pão

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Primeiros testes no forno

Não queremos parar o tempo.

Também queremos internet rápida, menos fila de espera, aviões supersônicos, Sedex em menos de 24h, mas não vamos concordar com relações e macarrão instantâneos.

We do not want to stop time. 

We want faster internet, less queueing, supersonic aircraft, next day delivery (ha).. But we will not accept instant noodles.

Queremos mais queijos curados, pães naturalmente fermentados, Kombuchá, beijos demorados, longas conversas com os amigos e infinitos almoços em família.

Queremos aprender o tempo das coisas <3  Queremos tempo de qualidade<3

We want more cheeses, matured over time, naturally fermented bread, kombucha, lengthy kisses, long conversations with friends and family and endless lunches.

We want to learn the time of things. <3 We want quality time. <3

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Zen AF

To voltando meditar. Recomendações médicas (de 2 anos atrás) e de uma galera que indica pra ajudar na criatividade, foco e outras coisas.

I’m returning to meditation. An alternative Doc gave me some advice 2 years back that I ought to meditate, to help me with my focus, calm and creativity, amongst other things. 

Gente como é difícil.

Sheesh, but it’s difficult, eh?!

Meu amor por yoga é velho, mas é um daqueles amigos que amo, mas não vejo muito. Entende?

My love for yoga goes back some time, it’s like an old friend who you love, but you don’t see that much. 

Eu sei que eu pareço calminha, mas minha mente é muito agitada. É um turbilhão de ideias e pensamentos, sono agitado e por aí vai. Por isso a recomendação médica para ajudar a me centrar e me equilibrar (sim sim… medicina alternativa e muuderninha)

I know I seem like a cool, calm, collected individual, but my mind is very agitated. It is a whirlwind of ideas and thoughts, restless sleep and so on. So it was the Doctor’s recommendation to help balance me. (Yes yes … a modern Doctor, specialising in alternative medicines)..

Taj e eu uma história de amor

Taj e eu uma história de amor

Acordei cedinho, tomei água com umas gotinhas de limão e estendi a canga na grama. Ainda não comprei o colchonetizinho. Já tem uns 5 anos que disse que ia adquirir um, mas fico sempre pensando se vale o investimento. Sigo usando as cangas.

I wake up early, drink some water with lime, recently picked from the orchard, and lay the canga out on the grass. I haven’t bought a mat yet. I’ve been saying for 5 years that I’ll buy one, but I always think, am I ready for this level of investment? 

Tudo certinho pra começar me lembrei que precisava ligar a máquina de lavar porque tinha umas roupas de molho desde ontem. Pronto. Na volta pro meu posto já trouxe o cel pra colocar uma musiquinha.  Pensei na Paula, minha amiga, que me indicou um app que dizem ser muito bom pra auxiliar nas práticas. Chama-se Insight  Timer. Como ainda tinha que fazer download do app resolvi deixar pra próxima e usar umas musiquinhas do Youtube mesmo para guiar.

Everything was ready to start, when suddenly I remembered I had some clothes in the machine that I had forgotten to turn on.. Okay, pop that on. On my return I brought my phone to put on some music to help me focus, I thought about my friend Paula, who indicated an app that was very good for these sorts of things. It was called Insight Timer. As I had to enter the realms of the App Store to get it, I decided to just put some music on from Youtube. 

Agora vai. Sentei. Tentei fazer aquela cruzada borboleta com as pernas, mas não rolou. Fiz uma meia borboleta quase mariposa e fechei os olhos. Ohmmmmm Ohmmmmm De repente um barulhão de motor ligado vindo da casa do vizinho. Ele resolveu cortar a grama. São 07h30 da manhã de sábado, meu amigo. Sério mesmo? Tem gente aqui tentando meditar. Inspira, respira, repete tudo. Não dá. Só consigo me concentrar no cortador de grama do vizinho.

Now we’re good. I’m sitting. I tried to make a butterfly cross with my legs, but I was too stiff. I made a half arsed attempt, like a moth cross, and closed my eyes. Ohmmmm Ohmmmmm.. Suddenly, my recent zen-like-state is interrupted, our neighbor had fired up his lawn mower. He decided to cut his grass, at 7:30 in the morning on a Saturday, my friend.. Seriously?! There are people here trying to meditate!! Breath in, breathe out, repeat over and over. Not gonna work. I can only concentrate on the sound of my lovely neighbour, cutting his grass. 

Bem meditativa

Bem meditativa

ARGHHHHHHH Só tô querendo meditar um pouquinho. Encontrar a paz interior. Com esse barulho não vai rolar não minha gente. Melhor esperar.. Ohms Shanti me dai paciência. Levanto e vou tomar um suquinnnn enquanto espero ele acabar os trabalhos.

ARGHHHHHHH! I just wanted to meditate a little bit! Find my inner peace. With this noise, it’s not going to happen. Better to wait, Ohms Shanti, send me patience.. I got up to grab a juice and wait for him to finish his work. 

Ok. Passou. Volto pra minha posição de mariposa esquisita. Fecho os meus olhinhos e vamos lá. Ohmmmmm… Ohmmmmm. Trinta segundos e senti uma lambida quente no rosto. Ralphhhhhh… Então a Frida e o Ronaldo chegam também. Borá gente, boráááááá tenho que meditar. Me DEIXEMMMMMM, eu grito para os meus amados.

He finished a while later, and I got back into position of the weird moth. Closed my eyes and focused. Ohmmmmm. 30 seconds into my second attempt, in steps Ralph, licking my face and battering my head with his tail, Ralphhhhh! Then arrived Frida and Ronaldo. Leave me! I want to meditate, LEAVE ME I shouted to my loves!

Tudo errado.

All wrong.

Frida<3

Frida<3

Ralphhhh

Ralphhhh

Ronaldoo

Ronaldoo

Lembrei de uma vez que Dan e eu fomos passar um Carnaval da paz em uma pousada zen lá para os lados de Minas Gerais. O dono da pousada todo do amor, falando baixinho, usando roupas brancas e só alimentação vegan. Tudo lindo até que apareceu no jardim um cara acompanhado de seu cachorro pra pedir uma informação. Não podia ter cachorro na pousada. Quando o dono viu o pobre dogzito no jardim o grito ecoou na sala. NÃOOOOOOOOOOO. CACHOOOOORROOOOOO AQUIIIIIII NÃOOOOOOOOOOOO PORRAAAA.

I remembered back to a trip Dan and I took during Carnaval, we stayed in a Pousada that was truly zen like, in Minas Gerais. The owner was this guy, so chill, like he floated on air, wearing his white robes and speaking in a soft, lucid voice so quiet, almost a whisper, all the while serving vegan cuisine and reminding us to breathe. Suddenly, appearing in the garden a lost man with his trusty hound by his side. The owner, broke his role, ran to the door and aggressively swung it open, screaming, No! You can’t be in here with you’re dog you fucking idiot!! I do not lie. 

Zen as f*ck
O cara era esquentadinho, mas o lugar inesquecível

O cara era esquentadinho, mas o lugar inesquecível

Assim fui eu hoje. Tentando encontrar a paz interior e querendo matar todos em volta.

Anyway, that was me today. Trying to find inner peace and wanting to kill my loved ones in the same breath.

Lição apreendida, amigos (espero).

Lesson learned, friends. (I hope)..

Essa história de equilíbrio e paz interior não é moleza não. Vamos continuar praticando.

This story of equilibrium and discovering inner peace, is not easy. So let’s carry on practicing. 

Que sejamos zen e cheios de amor no nosso dia a dia e não só nas salas de yoga<3

Let us be zen and full of love in our daily lives, and not just in the yoga studio <3

Amores

Amores

Agora deixa eu ir dar uma agarro nos meus dogzinhos e gatinhos que estão sempre na paz.

Now I’ll go and hug my furballs, who are, regardless of everything else, always at peace.

Na paz

Na paz

Vamos pra cozinha

Adoro ler aqueles blogs de gastronomia maravilhosos que começam sempre dizendo que desde crianças o lugar preferido era na cozinha ajudando a mãe ou vó. Acho lindo e tenho até um certo ciuminho porque comigo não foi bem assim. Eu fugia mesmo da cozinha. Só aparecia pra comer e depois fugia também pra não lavar a louça. Não me julguem. Sei que é vergonhoso. Minha mãe é excelente cozinheira e monopoliza geral o espaço. Eu só agradecia e comia.

Futuros chefs de cozinha

Futuros chefs de cozinha

E não foi quando sai da casa dos meus pais que isso mudou, pois tive a sorte (muita sorte mesmo) de dividir o apê com uma chef de cozinha.

Como nada dura pra sempre chegou o dia que me vi de geladeira vazia e procurando vídeo no Youtube pra quebrar ovo.

Minha primeira compra do mês foi um verdadeiro desastre. Gastei horrores e a geladeira ainda parecia vazia.  Recorri mais de uma vez aos amigos cozinheiros de plantão pra me ajudarem. Os deliveries e  restaurantes da cidade me salvaram muitas vezes. Foi a época mais magra da minha vida (tudo tem seu lado bom).

Compras do mês

Compras do mês

Quando o Dan veio pra São Paulo dividiamos as atividades na cozinha. Eu fazia o que tinha aprendido depois de muito treino que era basicamente arroz e ás vezes risotto. Ainda penso se ele dizia que gostava só pra me agradar. Sabem como é começo de relacionamento. Tudo lindo. Até arroz sem gosto.

Nós e os risottos da vida

Nós e os risottos da vida

A coisa começou mudar quando nos mudamos de São Paulo para Jarinu. Nosso endereço não está no mapa, então delivery nem pensar. As opções de restaurantes são poucas e no geral só aos fins de semana. Tinhamos que dar um jeito ou seria sandubão e arroz pra sempre.

Juntos fomos aprendendo. A relação com o alimento foi mudando. Queríamos experimentar receitas diferentes, ingredientes inusitados, métodos novos e foi uma curtição que só.

A evolução

A evolução

A Mudança…

A grande virada aconteceu quando o Dan começou fazer os pães e na sequência passamos a nos interessar por permacultura e alimentação natural.  Livros, documentários, estudos e artigos sobre esses assuntos transformaram-se em parte do nosso dia a dia.

Fermentando repolho

Fermentando repolho

Um dos nossos principais objetivos foi reduzir ao máximo o consumo de alimentos processados e zerar no quesito ultrapocessados. 

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Aprender sobre a sazonalidade dos alimentos e a respeitar o tempo da natureza tem sido de extrema importância pra ter sempre alimentos de boa qualidade e com melhor preço. Afinal ficamos mal acostumados a ter morangos disponíveis no supermercado o ano todo que não nos damos conta de que eles tem época certa e definida pela mãe natureza.

Direto da nossa hortinha

Direto da nossa hortinha

Mais coisinhas lindas da horta

Mais coisinhas lindas da horta

Apesar de termos uma hortinha ainda não conseguimos nos alimentar só do que plantamos, mas damos preferência por comprar direto do produtor. Adoramos uma feirinha livre <3 Saber de onde vem e como foi feito o que consumimos.

Feira orgânica de Jundiaí

Feira orgânica de Jundiaí

Feirinha

Feirinha

E haja criatividade pra evitar o desperdício. Abacate com ovo, vitamina de abacate, sorvete de abacate, creme de abacate, máscara para cabelo, e por aí vai. As possibilidades são infinitas. Dá uma sensação boa demais saber que aproveitamos até o talo. Estreita a relação com a natureza.

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Avocado toast

Avocado toast

Torta de tomatinhos<3

Torta de tomatinhos <3

Quanto mais experimentamos mais curiosos nos tornamos.

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A Oficina74 é extensão da nossa casa (literalmente) e aplicamos os mesmos princípios. O menu é sazonal e vamos alterando seguindo as regras da natureza. Nada de complicar.

Nossa dica é observar e aprender. Deixem a natureza surpreender vocês.